Neste 17 de novembro, celebra-se o Dia Internacional para a Eliminação do Câncer de Colo de Útero, uma data que visa conscientizar sobre a importância da prevenção e do tratamento dessa doença, que é uma das principais causas de morte entre mulheres em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece diretrizes claras para combater o câncer cervical, propondo que 90% das meninas sejam vacinadas contra o HPV até 2030. Este vírus é o principal responsável pelo desenvolvimento do câncer cervical, um problema de saúde global que provoca mais de 350 mil mortes anualmente, embora seja uma doença amplamente evitável.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, sublinhou a importância desse dia, afirmando que o que antes parecia um “sonho distante” agora se aproxima da realidade, à medida que mais nações incorporam vacinas em seus programas de saúde pública. Ghebreyesus destacou também a necessidade de rastrear 70% das mulheres e tratar 90% dos casos identificados como pré-cancerosos ou invasivos, reforçando o apelo à mobilização de governos e comunidades.
Este ano, várias nações, como Angola, Cuba e a China, avançaram nas campanhas de vacinação. Angola, em particular, tem aumentado seus esforços para vacinar meninas contra o HPV, enquanto o Paquistão atingiu um marco ao realizar a maior campanha de vacinação do mundo, imunizando mais de 9 milhões de meninas e jovens. Iniciativas como essas demonstram um compromisso crescente em combater o câncer cervical em nível global, refletindo os avanços dos últimos anos.
A colaboração internacional, exemplificada pela parceria entre a Unitaid e a OMS, busca fortalecer programas de rastreio e tratamento na Região do Pacífico Ocidental, buscando ampliar o acesso e os cuidados preventivos. Além disso, a Gavi, Aliança para as Vacinas, anunciou que a meta de vacinar 86 milhões de meninas até 2025 foi alcançada, o que representa um passo significativo na proteção das futuras gerações.
A criação do Dia Internacional para a Eliminação do Câncer Cervical ocorre em um momento em que muitos países estão transformando compromissos em políticas efetivas. Com inovações como os autotestes de HPV, que facilitam o acesso ao rastreio, especialmente em áreas remotas, a OMS reitera que vacinar, rastrear e tratar é uma questão de saúde pública, mas também de dignidade e futuro para mulheres e meninas ao redor do mundo. O objetivo é que, com esforços coordenados e sustentados, a eliminação do câncer cervical se torne uma das grandes conquistas da saúde global neste século.
Origem: Nações Unidas





