Três anos após o início da invasão russa, a Ucrânia continua a enfrentar um cenário devastador, marcado por ataques diários e um impacto profundo na vida de milhões. Em 24 de fevereiro de 2022, o céu ucraniano foi cortado por explosões, anunciando o começo de um conflito que rearranjaria o cotidiano da população. Funcionários de organizações humanitárias, como Natalia Datchenko, do Unicef, e Lyudmyla Kovalchuk, da ONU Mulheres, relatam a luta diária para prestar assistência em meio à insegurança.
Datchenko, emocionada, compartilha que, embora o trabalho tenha mudado, sua determinação em ajudar as pessoas se intensificou. Com a guerra, a necessidade de apoiar as comunidades se tornou ainda mais evidente, especialmente para mulheres que agora enfrentam sozinhas a responsabilidade de suas famílias. A ONU Mulheres, de forma estratégica, passa a verificar a segurança dos locais de reunião, adaptando suas operações em resposta aos riscos constantes.
O custo humano da guerra é alarmante: o Escritório de Coordenação das Nações Unidas para Assuntos Humanitários reporta que mais de 12.600 civis morreram até fevereiro de 2025, com milhares de crianças entre as vítimas. A destruição da infraestrutura do país afetou gravemente o acesso à educação e aos serviços básicos, deixando milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Mesmo diante do desespero, os relatos de esperança emergem. As mulheres entrevistadas encontram motivação na solidariedade das agências humanitárias, que permanecem na Ucrânia, e na resiliência de suas comunidades. Elas sonham com a reconstrução do país e um futuro mais promissor, onde a cultura e a arte permanecem como símbolos de resistência. A cultura, segundo Datchenko, é vital não apenas para a sobrevivência, mas também como um elo de união entre os ucranianos em tempos de crise.
Enquanto as vozes de angústia ecoam, o sentimento de fortalecimento persiste. O ditado “o que não nos mata nos torna mais fortes” ressoa nas palavras de quem aprendeu a lidar com o trauma e a buscar um propósito em meio à adversidade. A luta pela sobrevivência da identidade e pela reconstrução do país continua, alimentando a esperança de um amanhã melhor.
Origem: Nações Unidas