A ONU assinala o Dia Mundial Humanitário neste 19 de agosto, destacando os desafios enfrentados por Moçambique e outros países, incluindo o corte de verbas que dificulta a resposta a crises humanitárias. Jemina Manhiça, funcionária do Programa Mundial de Alimentação (WFP), expressa a importância da compaixão no trabalho humanitário, lembrando suas experiências em Chemba, na província de Sofala, onde ajudou comunidades afetadas pelo ciclone Ida a retomar suas atividades agrícolas.
Comovida, Jemina compartilha histórias de pessoas que, após perderem a esperança, conseguiram recomeçar suas vidas. Em um contexto onde o ciclone Idai causou um dos piores desastres naturais, sua atuação fez diferença no dia a dia dessas famílias. O especialista de emergência do Unicef, Cláudio Julaia, também enfatiza a necessidade de investir em alertas antecipados e familiarização com riscos, sugerindo que ações proativas podem salvar vidas e preparar comunidades para enfrentamentos futuros.
Além disso, o ONU-Habitat tem desempenhado um papel crucial na reconstrução pós-ciclones, com foco em infraestrutura resiliente. O chefe do Subescritório para a região norte, Edson Pereira, destaca que muitas escolas construídas com medidas de resiliência serviram de abrigo e distribuição de alimentos durante as crises.
Com a implementação do novo Plano de Ação Nacional para a Gestão de Deslocados Internos, lançado pelo governo moçambicano, espera-se uma resposta mais eficaz a futuras emergências. O Dia Mundial dos Trabalhadores Humanitários é uma lembrança dos riscos enfrentados por aqueles que dedicam suas vidas a ajudar os outros, em especial em contextos desafiadores como o de Moçambique.
Origem: Nações Unidas