Durante a Conferência Mundial sobre Controle do Tabaco, realizada em Dublin, na Irlanda, foi divulgado o relatório anual “Epidemia do Tabaco 2025”, que destaca os esforços de quatro países na luta contra o uso do tabaco. Brasil, Ilhas Maurício, Países Baixos e Turquia implementaram todas as seis ações recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a epidemia. Outras nações, como Etiópia, Irlanda, Jordânia e México, também mostraram progresso, executando cinco das seis medidas.
Essas diretrizes incluem ações como a promoção de avisos gráficos sobre saúde nos maços de cigarros e a aplicação de legislações para ambientes livres de fumo. A OMS relatou que 110 países já utilizam anúncios gráficos, com um total de 155 nações adotando pelo menos uma medida de controle do tabaco. O consumo de tabaco ainda é responsável por aproximadamente 7 milhões de mortes anuais, e a OMS aponta a resistência da indústria tabagista como um dos principais obstáculos a serem superados.
Além das seis medidas, a OMS recomenda o aumento de impostos sobre produtos de tabaco, o que tem se mostrado eficaz. O tamanho médio dos avisos de saúde nos maços de cigarros também aumentou significativamente, passando de 30% da embalagem em 2007 para quase 60% em 2022.
Entretanto, o relatório alerta para as lacunas no alcance das medidas, destacando que 40 países com cerca de 2 bilhões de habitantes ainda não foram beneficiados por nenhuma das iniciativas Mpower. Além disso, em 22 nações, ainda não existem rótulos de advertência nos maços de cigarros.
A OMS também enfatiza a necessidade de regulamentação sobre novos produtos, como cigarros eletrônicos, que são considerados altamente viciantes e prejudiciais à saúde. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, reiterou que, embora haja avanços significativos nos últimos 20 anos, a luta contra o tabaco deve continuar, com a união de ciência, políticas e vontade política, visando construir um futuro livre do tabaco.
Origem: Nações Unidas