A Assembleia Geral da ONU promoveu um evento de alto nível nesta quinta-feira, enfatizando a necessidade contínua de combater o colonialismo e suas consequências. O encontro, que celebra pela primeira vez o Dia Internacional contra o Colonialismo em Todas as Suas Formas e Manifestações, ocorre em um contexto histórico de luta por autodeterminação.
Elizabeth Spehar, secretária-geral adjunta para Apoio à Consolidação da Paz, enfatizou a urgência de criar um mundo onde o poder seja compartilhado e a liberdade seja um direito universal, não um privilégio. Ela destacou que “os vestígios do colonialismo persistem”, afetando a arquitetura do poder global, incluindo o Conselho de Segurança e o sistema financeiro internacional, que ainda refletem as marcas de um “mundo de impérios”.
Desde a adoção de uma declaração histórica pela Assembleia Geral em 1960, a ONU auxiliou mais de 60 territórios na busca pela autodeterminação. O legado desse processo é evidente na atual composição de 193 Estados-membros da ONU, embora ainda existam 17 territórios não autônomos.
Annalena Baerbock, presidente da Assembleia Geral, observou que o 65º aniversário da Declaração sobre a Concessão da Independência aos Países e Povos Coloniais é um momento crucial para reconhecer as injustiças passadas que moldaram fronteiras, dividiram comunidades e alimentaram conflitos. Ela sublinhou que esses desafios são ainda mais críticos diante de questões globais como a mudança climática e a fragilidade econômica.
Baerbock convocou a comunidade internacional a assumir a responsabilidade pela descolonização, ressaltando que a proclamacão do Dia Internacional contra o Colonialismo é um passo importante nesta direção, especialmente em tempos em que muitas sociedades anteriormente colonizadas experimentam pressões adicionais.
Origem: Nações Unidas






