Enquanto a transição para o 5G avança, a comunidade científica inicia pesquisas sobre o 6G, uma tecnologia que promete transformar a maneira como se relacionamos com o espaço digital. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) já identificou as áreas principais que diferenciarão o 6G de seu predecessor, destacando avanços significativos em comunicação e sensorização. Durante a Conferência “5G em Ação”, o pesquisador Luís Pessoa, associado ao INESC TEC e professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, apresentou inovações chave que estão moldando esta nova era de comunicações, que busca não apenas eficiência técnica, mas também impactos sociais e ambientais positivos.
De acordo com Luís Pessoa, o 6G se distingue do 5G por três componentes principais: a convergência entre comunicação e sensorização, a integração da inteligência artificial nas redes e a busca por uma conectividade onipresente. Essa convergência permitirá que as redes não apenas transmitam dados, mas também interpretem o ambiente ao seu redor, abrindo caminho para aplicações como monitoramento ambiental e automação da mobilidade. A inteligência artificial será fundamental para otimizar a gestão das redes, proporcionando serviços mais personalizados e adaptativos. Por fim, a conectividade onipresente pretende garantir que dispositivos permaneçam interconectados em todas as circunstâncias, impulsionando a Internet das Coisas (IoT) e novas aplicações globais.
Inovações tecnológicas como a Realidade Mista e as Comunicações Holográficas estão em ascensão, impulsionadas pela mudança de métricas tradicionais de desempenho para indicadores de valor que consideram também o impacto econômico e social das soluções. O projeto Terrameta, em destaque, busca criar superfícies inteligentes reconfiguráveis para operar em frequências elevadas, viabilizando comunicações rápidas e confiáveis. Ao mesmo tempo, o projeto Converge mistura vídeo em tempo real e comunicações 5G, visando integrar informações visuais e de rádio para novos conceitos de sensorização.
Ambos os projetos, centrados na sustentabilidade e eficiência energética, demonstram o papel da ciência e da engenharia na criação de um futuro mais interligado e responsável. A conferência também ressaltou a importância de alinhar esses avanços tecnológicos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando como a inovação pode promover um progresso inclusivo e sustentável nas comunidades.
Origem: Portal 5G