A situação de direitos humanos na Venezuela continua a chamar a atenção da comunidade internacional, especialmente após o aumento alarmante de casos de desaparecimentos forçados. Um grupo de relatores independentes de direitos humanos publicou um comunicado na semana passada, enfatizando como essa prática tem sido utilizada como um método para silenciar a oposição política, ativistas pró-democracia e defensores de direitos humanos. Esta estratégia não só inibe a sociedade, mas também contribui para a impunidade e a justiça seletiva no país.
Os especialistas ressaltam que os desaparecimentos forçados se intensificaram durante e após as eleições presidenciais de julho de 2024, e durante a posse do atual presidente em janeiro. Diante de instituições domésticas desfuncionais e enviesadas, as vítimas e suas famílias têm buscado apoio em mecanismos internacionais, na esperança de descobrir o destino de seus entes queridos. Infelizmente, muitos pedidos de habeas corpus apresentados às autoridades locais foram ignorados ou rejeitados, aumentando o desespero das famílias afetadas.
Os relatores também alertaram sobre o uso sistemático de desaparecimentos forçados de curto prazo, que continuam a ser reportados no país. A falta de transparência nas prisões, onde as autoridades se recusam a informar sobre a custódia de indivíduos, agrava ainda mais a situação. O grupo tem instado o governo venezuelano a seguir as medidas de precaução requisitadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, enfatizando a necessidade de responder às solicitações feitas pelo Grupo de Trabalho da ONU.
Além disso, os relatores defenderam os direitos de todos os detidos, incluindo o acesso à comunicação com familiares e advogados, bem como com representantes consulares, no caso de presos estrangeiros. O grupo permanece em diálogo com as autoridades venezuelanas para abordar essas questões críticas, reafirmando a importância de garantir os direitos fundamentais de todas as pessoas no país.
Dada a gravidade das alegações e o contexto atual, a comunidade internacional continua a monitorar de perto a situação dos direitos humanos na Venezuela, exigindo ações concretas para prevenir danos irreparáveis às vítimas de desaparecimento forçado e restaurar a confiança nas instituições de justiça.
Origem: Nações Unidas