O Grupo Santander encerrou o exercício de 2024 com um lucro atribuído de 12.574 milhões de euros, marcando um aumento de 14% em relação a 2023. Este resultado representa o terceiro ano consecutivo de resultados recordes e foi impulsionado por um forte crescimento em todos os negócios globais, um melhor controle de custos e a expansão de sua base de clientes, que já soma 173 milhões.
Além desse desempenho, o banco anunciou um novo programa de recompra de ações no valor de 1.587 milhões de euros, o que equivale a 25% dos lucros obtidos no segundo semestre do ano, com a aprovação regulatória já concedida.
A solidez dos resultados do grupo é visível em todos os segmentos. O controle de custos foi um dos pilares dessa performance, alcançando a melhor relação de eficiência em 15 anos, com 41,8%. O retorno sobre o capital tangível (RoTE) também se destacou, alcançando 16,3%, superando a meta estabelecida de 16%.
Os fatores que sustentam esses resultados incluem: ingresos totais de 62.211 milhões de euros, um crescimento de 10% em termos constantes; aumento de 8% na margem de juros, com desempenhos sólidos na Europa e na América Latina; um crescimento de 18% no lucro por ação (BPA), que chegou a 0,77 euros; um aumento de 4% em depósitos e 1% em empréstimos; e uma relação CET1 totalmente carregada de 12,8%, acima da meta de 12%, fortalecendo a solvência do grupo. No quarto trimestre, o lucro atribuído alcançou 3.265 milhões de euros, marcando um crescimento de 11%.
O Santander continuou a estimular a concessão de crédito, atingindo um volume de 1,02 trilhões de euros em empréstimos, acompanhado por um aumento de 2% em depósitos devido à crescente captação de clientes. Os segmentos mais dinâmicos incluem o Retail Banking, com um crescimento de 11% na margem de juros, e os setores de Consumer e Payments, que perceberam um aumento significativo na financiamento ao consumo e nos meios de pagamento digitais.
Para 2025, o banco estabeleceu metas ambiciosas, como a previsão de ingresos de aproximadamente 62.000 milhões de euros e um crescimento das comissões a um dígito médio-alto, além da redução dos custos operacionais em relação a 2024. O CET1 totalmente carregado deve alcançar 13% dentro do intervalo operacional (12-13%), enquanto o RoTE deve ser superior a 17%.
Ana Botín, presidente do Santander, comentou sobre os resultados, afirmando que a entidade está em uma nova fase de criação de valor e destacou a força do modelo diversificado do banco, que se compromete a impulsionar a transformação digital e a eficiência operacional. Com esses resultados, o Santander reforça sua posição como um dos bancos mais rentáveis e sólidos da Europa, em meio a um cenário de estabilidade financeira e crescimento contínuo.