O fundador do conglomerado imobiliário Signa Holding, René Benko, foi condenado a dois anos de prisão por um tribunal austríaco devido a fraudes relacionadas com a insolvência da empresa, que sofreu uma das maiores falências do setor imobiliário europeu nos últimos anos. Este julgamento representa o primeiro de uma série de processos conexos à queda do grupo, que envolveu instituições financeiras, fundos soberanos e “family offices” que emprestaram mais de 15 bilhões de euros às distintas entidades do conglomerado.
Durante o processo, a procuradoria alegou que, à medida que o império de Benko se aproximava do colapso no final de 2023, ele transferiu fundos de forma ilegal, incluindo um adiantamento de renda de 360 mil euros e uma quantia de 300 mil euros enviada à sua mãe. O tribunal estabeleceu que a transferência de 300 mil euros teve como objetivo ocultar ativos dos credores, enquanto Benko foi absolvido da acusação referente ao adiantamento de renda.
Desde janeiro, o empresário encontra-se em prisão preventiva em Viena e, embora tenha enfrentado uma pena possível de até 10 anos, sua condenação atual marca um ponto crucial na história das falências empresariais recentes na Europa. O Ministério Público continua investigando alegações de ocultação de ativos e fraude a investidores, e, recentemente, novas acusações surgiram, envolvendo a suposta ocultação de 120 mil euros em dinheiro, além de itens valiosos na residência de um familiar. Benko nega qualquer irregularidade e pretende recorrer da decisão do tribunal.
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