O Reino Unido está se posicionando como um líder global em inteligência artificial (IA) com o novo plano intitulado “AI Action Opportunities Plan”. A meta é se tornar um “produtor de IA, não apenas um receptor.” Durante a visita de Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA, foi reforçado o compromisso do país em investir em uma infraestrutura computacional soberana e em aplicações de IA em setores como a indústria, robótica e ciências da vida.
Com projetos emblemáticos como o supercomputador Isambard-AI e robôs humanoides modulares, o plano abarca iniciativas que visam desenvolver soluções específicas para o contexto britânico, incluindo a criação de modelos de raciocínio em galês, que beneficiará a população de aproximadamente 850 mil falantes da língua.
As principais iniciativas incluem:
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Isambard-AI: A base computacional que suporta projetos de treinamento de modelos lingüísticos em galês e inglês, com foco em melhorar os serviços públicos nas áreas de saúde e educação.
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Robótica: O desenvolvimento de robôs colaborativos que combinam teleoperação com sistemas de treinamento, visando aumentar a segurança e a eficiência em setores como automação e varejo.
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Ciências da vida: Adoção de uma abordagem “AI-first” em biotecnologias e laboratórios, buscando acelerar o design de fármacos e tratamentos personalizados através de modelos computacionais avançados.
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IA Generativa e Agentic: A implementação de LLMs (modelos de linguagem) financeiros e agentes de voz que prometem transformar a interação do cliente com serviços de diferentes setores.
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Promoção das línguas celtas: O projeto UK-LLM foi criado para desenvolver um modelo de raciocínio em galês, com a validação de universidades locais e a disponibilização para órgãos públicos.
O plano é ambicioso e traz desafios significativos, como a necessidade de garantir energia sustentável e a formação de talentos qualificados. O governo britânico, em parceria com a NVIDIA, visa não apenas consumir tecnologias de IA, mas também produzir soluções que respeitem as particularidades culturais e linguísticas do país. Se bem-sucedido, o plano poderá transformar o cenário do setor público e privado no Reino Unido, promovendo uma IA que fala e entende as línguas locais, ao mesmo tempo em que reforça a soberania tecnológica.


