Mais de 80% dos norte-americanos identificam o custo da habitação como um grave problema social, conforme revela um inquérito da Associação Nacional de Construtores de Habitação dos EUA. Apesar desse consenso, os promotores de imóveis continuam enfrentando dificuldades em construir as casas necessárias, contribuindo para a permanência dos preços altos. Estudos recentes no Journal of Economic Perspectives investigam as barreiras enfrentadas pelo setor e propõem ações para mitigar a crise habitacional.
Um estudo realizado por Brian Potter e Chad Syverson destaca que os custos de construção representam entre 60% e 70% do total necessário para colocar uma habitação no mercado. Embora esses custos estejam crescendo desde a década de 1970, eles não explicam completamente a disparidade nos preços, que em várias cidades crescem a taxas distintas, como observado em Miami, onde os preços aumentaram 8,6% mais rapidamente que os custos de construção entre 2020 e 2024. Essa desconexão sugere a influência de outros fatores além dos custos diretos de construção.
Além disso, a pesquisa de Boaz Abramson e Tim Landvoigt revela que políticas habitacionais que focam apenas na demanda, como subsídios à compra de imóveis, podem acabar aumentando os preços e complicando a acessibilidade. O modelo proposto sugere que apenas a expansão da oferta de habitação pode tornar os preços mais acessíveis ao consumidor médio, especialmente se focada na construção de moradias de alto padrão, que poderiam aliviar a pressão do mercado. A falta de compreensão por parte dos cidadãos sobre o funcionamento do mercado imobiliário culmina na adoção de políticas ineficazes, desviando a culpa de suas verdadeiras causas.
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