A 5.ª edição do Prémio Maria de Sousa reconheceu dois projetos inovadores na área das ciências da saúde, apresentados por pesquisadoras da Universidade do Porto. Ângela Fernandes, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S), e Catarina Lopes, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), foram as laureadas, cada uma recebendo um prêmio de aproximadamente 30 mil euros, além da oportunidade de estagiar em um centro internacional de excelência.
O prêmio, que homenageia a imunologista Maria de Sousa, visa apoiar jovens investigadores portugueses com idade até 35 anos, promovendo a pesquisa em ciências da saúde. A cerimônia de entrega ocorrerá nesta terça-feira, dia 4 de novembro, na Biblioteca da Ordem dos Médicos em Lisboa, com a presença de autoridades, incluindo a Secretária de Estado da Ciência e Inovação, Helena Canhão.
O projeto de Ângela Fernandes, intitulado “Adoçar” o Ataque Tumoral, busca desenvolver uma vacina inovadora para o câncer colorretal. A pesquisa foca na modulação de glicanos nas células tumorais, visando melhorar a resposta do sistema imune, especialmente dos linfócitos T. “Queremos explorar se o perfil de glicanos pode influenciar a resposta imune, melhorando a eficácia da imunoterapia para esse tipo de câncer”, afirma Fernandes.
Por outro lado, Catarina Lopes investiga a detecção precoce do câncer gástrico, uma condição frequentemente diagnosticada em estágios avançados. A proposta, chamada de “SNIFF”, usa compostos orgânicos voláteis encontrados na saliva como biomarcadores não invasivos para identificar o câncer. “Este projeto representa uma nova abordagem que pode facilitar o diagnóstico e melhorar as estratégias de rastreio para outras doenças gastrointestinais”, explica Lopes.
Além das duas vencedoras, outros três jovens cientistas também foram premiados. A seleção dos projetos foi feita por um júri presidido pelo neurocientista Rui Costa. Com essas distinções, sobe para dez o número de cientistas da U.Porto reconhecidos com o Prémio Maria de Sousa desde sua criação em 2021, reafirmando a excelência da instituição na área de pesquisa em saúde.
Origem: Universidade do Porto






