A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta sobre o aumento preocupante dos casos de febre amarela na América Latina. No ano passado, 61 casos foram confirmados, dos quais 30 resultaram em morte. O número de notificações aumentou significativamente nos últimos meses de 2024 e essa tendência se manteve nas primeiras semanas deste ano.
Somente em janeiro, a Opas registrou 17 novos casos e sete mortes. Inicialmente, as infecções estavam concentradas na região amazônica, abrangendo países como Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana e Peru. No entanto, este ano, a doença começou a se espalhar para o estado de São Paulo e também afetou o departamento de Tolima, na Colômbia. O Peru confirmou uma morte recente devido à febre amarela, e a Opas alerta que outros países da região podem seguir a mesma tendência.
A febre amarela é uma doença viral grave que pode ser fatal se não for tratada adequadamente. A Opas destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento na luta contra a doença. Além disso, a agência enfatiza que a vacinação é a estratégia mais eficiente de prevenção. A maioria dos casos do ano passado ocorreu em indivíduos que não foram vacinados.
Diante do aumento dos casos, a Opas recomenda que os países adotem medidas urgentes de prevenção, melhorando a vigilância epidemiológica nas áreas de alto risco. Entre as orientações estão garantir que pelo menos 95% das pessoas em áreas vulneráveis estejam vacinadas, realizar testes PCR nos primeiros dias de sintomas e fortalecer a detecção e monitoramento de casos severos.
Desde a década de 1970, a febre amarela se tornou uma séria ameaça à saúde pública nas Américas, sendo endêmica em 13 países da região. O vírus, que anteriormente era restrito à Bacia do Amazonas, conseguiu se expandir para novas áreas, aumentando a preocupação das autoridades de saúde.
Origem: Nações Unidas