A República Democrática do Congo (RD Congo) está enfrentando um novo surto de ebola na província de Kassai, declarado oficialmente pelas autoridades locais. Até o momento, foram registradas 28 infecções suspeitas e 15 mortes, incluindo quatro profissionais de saúde. As áreas mais afetadas até agora são Bulape e Mweka.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já enviou equipes para a região e mais trabalhadores de saúde estão a caminho para ajudar na resposta ao surto. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, enfatizou a importância de rastrear os contatos das pessoas infectadas e detectar novos casos o mais rápido possível. Ele informou que amostras estão sendo coletadas e analisadas para confirmar a origem do vírus, que foi identificada como o “ebola Zaire” pelo Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, em Kinshasa.
A OMS está fornecendo suporte técnico em saúde, incluindo vigilância, controle de infecções e tratamento. Para aumentar a eficácia das ações, a organização também entregou equipamentos de proteção individual e um laboratório móvel, além de ter disponibilizado 2 mil doses da vacina contra o ebola em Kinshasa para imunizar os contatos e os profissionais de saúde em risco.
O diretor regional da OMS para a África, Mohamed Janabi, expressou a necessidade de uma resposta rápida e coordenada com as autoridades de saúde locais para conter a disseminação do vírus. Ele também ressaltou a experiência do país no controle de surtos virais, destacando que a OMS está empenhada em implementar medidas eficazes para eliminar a ameaça o mais rápido possível.
O surto atual ocorre pouco depois de uma epidemia anterior, que começou em abril de 2022 na província de Equateur, reforçando a vulnerabilidade da região a este tipo de doença. O ebola, que tem como hospedeiro natural o morcego, já causou diversas epidemias em países africanos, resultando na morte de mais de 15 mil pessoas, com taxas de mortalidade que podem chegar a 90% em algumas situações.
Origem: Nações Unidas