A escassez de alojamentos para estudantes em Portugal continua a ser um problema significativo, refletindo a tendência de insuficiência na oferta residencial em todo o país. Dados recentes indicam que aproximadamente 194 mil estudantes precisam de alojamento, número que deve aumentar nos próximos anos, conforme apontado pela consultora Worx, em alusão ao Dia do Estudante celebrado nesta segunda-feira, 24 de março de 2025. O ano letivo de 2023/2024 trouxe mais de 448 mil inscritos no Ensino Superior, dos quais 44% são estudantes deslocados—32% nacionais e 12% internacionais.
A necessidade de alojamento está longe de ser atendida, com a oferta atual a proporcionar apenas 16.300 camas em residências universitárias públicas e 10.100 em residências privadas, resultando em uma taxa de cobertura de apenas 7% para a população estudantil universitária. A situação é agravada pela atração crescente de estudantes estrangeiros, que tem visto uma média de crescimento de 14% ao ano, demonstrando a reputação crescente das universidades portuguesas. Em comparação com países como o Reino Unido e a Dinamarca, onde as taxas de cobertura variam entre 30% e 40%, Portugal se encontra em uma posição desfavorável.
Para enfrentar essa crise, o CEO da Worx, Pedro Rutkowski, destacou a necessidade de um esforço conjunto entre os poderes públicos e o setor privado. Ele argumenta que, sem essa colaboração, a pressão sobre a demanda insatisfeita continuará a elevar os preços, afetando negativamente especialmente os estudantes locais e suas famílias. João Tinoco, diretor de investimentos da mesma consultora, complementa a visão, ressaltando que parcerias colaborativas entre promotores imobiliários e investidores podem oferecer soluções que beneficiem tanto os estudantes quanto o mercado de habitação.
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