Mais de mil pessoas já assinaram a petição “Parar o Hotel do Quartel da Graça”, que pede a revogação da concessão concedida ao grupo Sana para a construção de um hotel de luxo no antigo Convento da Graça, em Lisboa. Os signatários argumentam que a construção de uma unidade hoteleira no centro histórico não atende às necessidades da comunidade local, e reforçam a ideia de que o espaço público deve beneficiar o bairro e a cidade em vez de enriquecer uma empresa privada.
A Assembleia “Parar o Hotel no Quartel da Graça”, um movimento independente formado por moradores da área, apresentou a petição e enviou uma carta aberta a partidos e candidatos às eleições autárquicas de outubro, solicitando posicionamentos sobre a questão. O Quartel da Graça, classificado como monumento nacional desde 1910, apresenta sinais de deterioração, e a população teme que a instalação de um hotel agrave a gentrificação do bairro, que tem resistido ao avanço de iniciativas turísticas que ameaçam sua identidade.
Os peticionários exigem que o Estado atue rapidamente, resguardando o monumento da degradação e garantindo que sirva à população. “Não estamos dispostos a assistir à destruição de mais um bairro lisboeta. Queremos poder decidir sobre a utilização dos espaços públicos dos nossos bairros”, afirmam, destacando o impacto que a presença de hotéis tem sobre a vida local. Até esta terça-feira, a petição já reuniu mais de 1.500 apoios, refletindo a preocupação da comunidade com o futuro do Quartel da Graça.
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