Na semana passada, Luiza Brunet, icônica modelo brasileira, participou de uma significativa reunião da ONU ao lado da delegação da Legião da Boa Vontade (LBV), focada nos direitos das mulheres. Em um relato impactante, Brunet compartilhou suas experiências pessoais e a urgência de combater a violência de gênero, tema que toca de maneira direta sua própria trajetória.
Em 2016, Brunet sofreu agressões por parte de seu ex-companheiro durante uma viagem a Nova Iorque, situação que culminou em uma condenação criminal. Durante a conversa no Podcast ONU News, ela revelou como essa vivência a fez reconhecer um relacionamento abusivo e, mais importante, a motivou a lutar pelos direitos das mulheres. “É preciso romper com o ciclo”, enfatizou, ao descrever o medo que sentiu em momentos de violência extrema.
As estatísticas alarmantes apresentadas pela ONU destacam que uma em cada três mulheres mundialmente enfrentará violência de gênero em algum momento da vida, com muitas dessas situações terminando em feminicídio. Em 2023, aproximadamente 51.100 mulheres foram assassinadas por parceiros íntimos ou familiares, uma média de uma morte a cada dez minutos. Com essas informações impactantes, Brunet fez um apelo à ação, enfatizando a importância de fortalecer leis que protejam as mulheres, como a Lei Maria da Penha no Brasil.
Durante sua participação na ONU, Brunet destacou as desigualdades que persistem não apenas em sua terra natal, mas em muitos países ao redor do mundo, onde as mulheres ainda lutam contra a falta de proteção legal e apoio. “É muito difícil ser mulher ainda. Por isso, o evento aqui da ONU é importante”, disse, reconhecendo o papel da comunidade internacional no combate à violência de gênero.
A questão da educação também foi abordada, com Brunet defendendo que é essencial incorporar o respeito e a igualdade de gênero já na formação das crianças. “O problema da educação é que tem que começar dentro de casa”, sublinhou, refletindo sobre sua própria experiência como mãe e o trabalho que ainda há a ser feito para garantir um futuro melhor para as próximas gerações.
Com a determinação de não ser “revitimizada” após sua agressão, Luiza Brunet se tornou uma voz ativa por outras mulheres, usando sua plataforma para promover mudanças e apoiar iniciativas que visam empoderar as mulheres, especialmente aquelas em situações vulneráveis. “A educação é um passaporte para a autonomia financeira”, concluiu, reafirmando seu compromisso em transformar a realidade da violência contra as mulheres.
Origem: Nações Unidas