Neste 25 de março, o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos foi marcado por reflexão e emoção, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizando a necessidade de lembrar os horrores desse crime contra a humanidade. Em um vídeo divulgado, Guterres destacou o impacto profundo e duradouro do tráfico de africanos escravizados, afirmando que este crime deixou cicatrizes que ainda ressoam nas sociedades contemporâneas.
O secretário-geral lembrou que, por mais de quatro séculos, milhões de africanos foram arrancados de suas famílias e sujeitos a condições de trabalho desumanas, além de serem severamente punidos e privados de seus direitos. Ele ressaltou que muitos colonizadores e instituições se beneficiaram economicamente deste tráfico, acumulando riquezas inigualáveis às custas do sofrimento humano.
Guterres também abordou as consequências do racismo sistêmico, que se vedou nas estruturas sociais e legais desde a época da escravatura. Segundo ele, essa herança continua a impactar negativamente a vida de pessoas de ascendência africana, que frequentemente enfrentam discriminação e exclusão. Ele fez um apelo urgente para que o mundo se una no combate ao racismo, enfatizando que reconhecer os horrores do passado é crucial para curar as feridas e construir um futuro onde todos possam viver com dignidade e justiça. A ONU reitera seu compromisso em lutar contra a discriminação racial e promover a igualdade em todo o mundo.
Origem: Nações Unidas