Um grave acidente envolvendo o Elevador da Glória ocorreu no último dia 3 de setembro, deixando uma sensação de pânico entre os passageiros. O relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), divulgado no sábado, 6 de setembro, revela que, apesar do sistema de emergência ter cortado a energia conforme o protocolo, a cabine não conseguiu parar, colidindo a uma velocidade de cerca de 60 km/h em menos de 50 segundos.
As tentativas de parar o elevador, tanto pelo freio pneumático quanto pelo manual, falharam, devido à dependência crítica do equilíbrio entre os dois carros do ascensor. O relatório também destaca que, embora a manutenção estivesse em dia e uma inspeção visual tivesse sido realizada na manhã do acidente, a área de ruptura do cabo não era acessível sem desmontagem. Surpreendentemente, o cabo ainda estava dentro de sua vida útil, restando 263 dias até a próxima substituição.
A investigação está em andamento em diversas frentes, incluindo a análise da fixação do cabo e a eficácia dos sistemas de freio. Um dos pontos preocupantes ressaltados pelo GPIAAF é a falta de clareza sobre a entidade pública responsável pela supervisão da segurança do Elevador da Glória, uma vez que ele não está sob a jurisdição do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT). Um relatório mais detalhado deve ser divulgado em até 45 dias, mas o processo completo pode levar até um ano para ser finalizado.
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