O Conselho de Segurança das Nações Unidas discutiu na semana passada a preocupante situação humanitária na Ucrânia, marcada por um aumento significativo de vítimas civis e a devastação de inúmeras comunidades. Relatos indicam que a população local está exausta devido à guerra, enfrentando sérias dificuldades, como falta de energia e infraestrutura em ruínas, o que tem levado a um número crescente de mortos.
Funcionários da ONU apontaram que os ataques aéreos intensificados pela Rússia estão causando estragos em várias regiões do país, mesmo em áreas que antes eram consideradas relativamente seguras. Cidades como Lviv e Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia, foram recentemente atingidas, reforçando a mensagem de que “nenhuma região da Ucrânia está segura”, conforme destacado por Kayoto Gotoh, diretora do Departamento de Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz da ONU.
A trágica estatística de mortes civis na capital, Kyiv, mostra um aumento quase quatro vezes maior até o final de outubro em comparação ao total do ano anterior. No total, desde o início do conflito, cerca de 14.534 civis, incluindo 745 crianças, perderam a vida, enquanto 3,7 milhões continuam deslocados internamente e quase 6 milhões fugiram para outros países.
A chegada do inverno agrava a situação, com muitos ucranianos enfrentando temperaturas extremas sem aquecimento, água ou abrigo adequado. A falta de financiamento para iniciativas humanitárias está dificultando a assistência a quem mais precisa. O plano humanitário de 2025 carece de recursos, deixando milhares sem os cuidados necessários, especialmente em relação a sobreviventes de violência sexual no contexto da guerra.
Apesar de alguns avanços no setor energético, como a reconexão da central nuclear de Zaporizhzhia à rede elétrica por meio da mediação da Agência Internacional de Energia Atómica, o Conselho de Segurança reiterou que esses esforços não compensam a grave deterioração da situação civil e humanitária. AONU reafirma a necessidade urgente de proteger civis e infraestruturas essenciais e garantir o financiamento necessário para evitar que a crise humanitária se transforme em uma catástrofe ainda maior durante o inverno.
Origem: Nações Unidas






