A ANACOM divulgou um relatório abrangente sobre o estado do comércio eletrónico em Portugal e na União Europeia durante o ano de 2024. Os dados revelam um aumento significativo no uso da Internet para compras, com 48,9% da população portuguesa com idades entre 16 e 74 anos tendo realizado algum tipo de compra online nos três meses anteriores ao inquérito, representando uma subida de 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Quando analisados os doze meses antes do inquérito, essa percentagem sobe para 59,3%, um acréscimo de 4,6 pontos percentuais.
Entretanto, cerca de 24,2% da população ainda não fez compras pela Internet, enquanto 12,8% conseguiram realizar vendas online. No panorama europeu, Portugal ocupa a 23ª posição tanto em compras quanto em vendas online entre os 27 países da UE.
Os produtos mais procurados por portugueses na Internet incluem vestuário e calçado, com 73,1% das compras, seguidos por refeições entregues ao domicílio (39,6%) e produtos de cosmética (31,4%). O relatório também assinala que o interesse por produtos para a casa e vestuário cresceu consideravelmente em comparação com o ano anterior.
No que respeita a produtos digitais, filmes e séries lideram as preferências dos consumidores, com 34,7% da população a adquiri-los via Internet. Serviços de transporte e bilhetes para eventos culturais também se destacam entre os serviços mais contratados online.
A análise do perfil de utilizadores indica que a adesão às compras online é mais pronunciada em áreas urbanas e entre jovens adultos, pessoas com níveis de educação superior e trabalhadores. Esse padrão de consumo é semelhante ao observado na média da União Europeia.
Além disso, o relatório destaca que 21% das empresas em Portugal receberam encomendas eletrónicas em 2023, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. As grandes empresas foram as que mais se destacaram nesse aspecto, recebendo 42,2% das encomendas online, enquanto as microempresas ficaram com apenas 9,2%. O setor de alojamento e restauração se evidenciou como o que mais beneficiou das encomendas eletrónicas.
Essas informações não só ilustram o crescimento robusto do comércio eletrónico em Portugal, mas também colocam o país em uma trajetória de adaptação às novas dinâmicas de consumo digital. O relatório completo pode ser consultado no site da ANACOM, oferecendo uma visão mais detalhada sobre as tendências e mudanças no comércio online.
Origem: Portal Consumidor Anacom