Indonésia avança em soberania digital com novo Centro de Excelência em IA
Indonésia, um dos maiores mercados emergentes do mundo, deu um passo decisivo em direção à soberania digital com a criação do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (AI CoE). Esta iniciativa é uma colaboração entre o governo indonésio, a empresa de telecomunicações Indosat Ooredoo Hutchison (IOH), NVIDIA e Cisco. Sob a liderança do Ministério de Comunicações e Assuntos Digitais, o projeto visa fortalecer a infraestrutura tecnológica do país, capacitar talentos locais e democratizar o acesso a tecnologias de ponta.
Elevando-se sob a estratégia "Golden Indonesia 2045", o centro representa um firme compromisso com um modelo de inteligência artificial que prioriza o controle local de dados, algoritmos e infraestrutura. O AI CoE contará com uma "fábrica de IA" equipada com tecnologia de última geração da NVIDIA e uma plataforma de cibersegurança da Cisco.
O projeto abrange quatro pilares fundamentais: a construção de uma infraestrutura soberana, segurança no processamento de IA, acesso democratizado a serviços baseados em IA até 2027 e o desenvolvimento de um milhão de novos profissionais na área.
Entre as inovações, destaca-se a coleção Sahabat-AI, composta por modelos de linguagem projetados para o idioma indonésio, já aplicados em áreas como saúde pública e serviços governamentais. Com o apoio da startup Hippocratic AI, o governo está testando um assistente virtual de saúde que melhora a prevenção de doenças.
No atual cenário de tensões geopolíticas, a estratégia indonésia também se destaca ao demostrar que países emergentes podem estabelecer suas próprias normas e avançar em sua autonomia tecnológica. O centro de IA busca não apenas atender a uma necessidade imediata, mas também garantir que a transformação digital beneficie todas as camadas da sociedade.
As iniciativas em desenvolvimento, como as tecnologias AI-RAN para otimização de redes móveis, reafirmam a visão de um futuro digital soberano. A experiência da Indonésia serve de exemplo para outras nações que desejam deixar de ser meras consumidoras de tecnologia, transformando-se em produtoras ativas em seu próprio destino digital.