A Organização Internacional para Migrações (OIM) intensificou suas operações de segurança sanitária em resposta ao surto de ébola na República Democrática do Congo (RDC) e ao Mpox em outros países africanos, incluindo Angola, Etiópia, Malawi, Sudão do Sul e Uganda. O apoio se estende a 90 pontos de entrada e áreas de fronteira em 15 nações, com foco em coletar dados de mobilidade populacional, coordenar ações e fortalecer a capacidade dos agentes responsáveis pelas fronteiras.
O diretor regional da OIM, Frantz Celestin, destacou que as medidas implementadas visam proteger comunidades móveis e aquelas em regiões de difícil acesso, minimizando assim o risco de transmissão do vírus. Até o momento, a RDC registrou 45 mortes em 64 casos de ébola. As equipes da OIM colaboram diretamente com o Ministério da Saúde local para conter o surto.
Para aumentar a preparação, instalações de triagem foram montadas em rotas de transporte importantes, resultando em mais de 169 mil triagens já realizadas. Além disso, ações de comunicação de riscos e envolvimento comunitário estão em andamento, visando fortalecer a resposta nas áreas mais afetadas. No caso de Angola, planos de contingência estão sendo desenvolvidos para melhorar a resposta em sua fronteira compartilhada.
Enquanto isso, em Uganda, as autoridades estão revisando o apoio recebido durante um surto anterior, que expôs a vulnerabilidade das comunidades a outras doenças contagiosas, incluindo sarampo e cólera. A OIM utiliza dados de mobilidade para planejar a saúde pública e aprimorar a resposta a surtos em regiões críticas.
A vacinação e a vigilância estão ganhando atenção especial no Malawi e no Sudão do Sul, onde o foco é melhorar o acesso à imunização em pontos-chave. Apesar da diminuição dos casos de ébola, o sarampo continua a ser uma preocupação, embora não seja mais considerado uma emergência de saúde pública internacional. A OIM reafirmou seu compromisso de trabalhar em conjunto com governos e parceiros para assegurar uma mobilidade segura e saudável, contribuindo assim para a segurança sanitária a nível regional e global.
Origem: Nações Unidas

