As famílias portuguesas estão a enfrentar um aumento alarmante no seu nível de endividamento, que alcançou quase 159,5 mil milhões de euros em janeiro, um novo máximo desde meados de 2012, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). O crescimento do endividamento é atribuído principalmente ao crédito à habitação, com um aumento mensal de 0,3 mil milhões de euros, evidenciando uma tendência preocupante entre os lares do país.
De acordo com o boletim publicado pelo BdP, a taxa de variação anual do endividamento das famílias tem mostrado uma tendência crescente ao longo dos últimos 15 meses, atingindo um incremento de 4,2% em janeiro de 2025. Este valor representa a maior taxa desde junho de 2022, sinalizando que a dívida dos particulares continua a subir, refletindo uma crise potencial de acessibilidade e sustentabilidade financeira para muitos lares.
Além do impacto nas famílias, o endividamento do setor privado, que inclui tanto as famílias quanto as empresas, subiu cerca de 400 milhões de euros, totalizando 455 mil milhões de euros em janeiro. O setor público também registou um aumento de 4,0 mil milhões de euros, totalizando 363,4 mil milhões de euros, impulsionado principalmente por investimentos de não residentes em títulos de dívida pública. Este cenário levanta preocupações sobre a saúde financeira geral do país, com um endividamento total do setor não financeiro já a ultrapassar os 818,4 mil milhões de euros.
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