A instabilidade política em Portugal, impulsionada pela queda do Governo e a convocação de eleições antecipadas, levanta sérias preocupações sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Com metas ambiciosas a serem cumpridas até 2026, especialistas alertam para o risco de que a incerteza política impacte os investimentos planejados, especialmente no setor habitacional. A pergunta que fica é se estas metas estão em risco e qual será o futuro da habitação no país.
Atualmente, Portugal se encontra em um processo de reprogramação do PRR, tendo apresentado uma nova proposta à Comissão Europeia. Essa proposta visa substituir projetos com prazos inviáveis, buscando evitar penalizações e assegurar que os fundos europeus continuem a ser desembolsados sem cortes. A Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR expressou preocupações adicionais sobre como a instabilidade política agravará os desafios já existentes, sugerindo que a troca rápida de Governos pode comprometer a continuidade e a implementação eficaz dos investimentos.
O setor habitacional, um dos mais afetados pela atual crise, se vê em uma situação delicada. O PRR estabelece a entrega de 26.000 casas até junho de 2026, um objetivo considerado desafiador por Benjamim Pereira, presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). A crise governativa e o período eleitoral são vistos como obstáculos potenciais que podem atrasar a execução e até exigir revisões nas prioridades do PRR, adicionando mais incertezas para um plano já complexo.
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