Neste 30 de julho, o mundo se une para marcar o Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas, um crime horrendo que representa uma grave violação dos direitos humanos. Em mensagem enviada à comunidade internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou a natureza brutal e organizada deste crime, que é alimentado por engano, coerção e exploração.
Dados do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (Unodc) revelam que 74% dos traficantes de seres humanos atuam em grupos organizados, o que torna esse crime um dos que mais cresce mundialmente. Em 2022, pessoas de 162 nacionalidades foram traficadas para 128 países, destacando a vasta extensão desse problema. Guterres alertou que os criminosos estão se aproveitando de brechas legais, infiltrando-se em indústrias legítimas e usando a tecnologia para recrutar e controlar vítimas, inclusive por meio de exploração sexual online e golpes cibernéticos.
Para combater essa realidade, Guterres enfatizou a necessidade urgente de uma resposta unificada. O Unodc mostrou que, em 2022, cerca de 70% dos investigados, processados e condenados por tráfico eram homens, com vítimas africanas formando o grupo mais afetado. Neste ano, a campanha contra o tráfico de pessoas destaca a importância das autoridades policiais e do sistema de justiça penal no desmantelamento de redes criminosas, sempre com uma abordagem centrada na vítima.
É vital que o público se mantenha alerta e denuncie casos suspeitos. Os traficantes estão cada vez mais utilizando plataformas digitais, como redes sociais e marketplaces online, para recrutar vítimas e atrair clientes. Guterres defendeu a formação de alianças entre sociedade civil, setor privado e empresas de tecnologia para aumentar a conscientização e criar canais de denúncia, com o intuito de proteger os mais vulneráveis.
Neste Dia Mundial, é imperativo exigir prestação de contas e trabalhar por um mundo onde ninguém seja comprado, vendido ou explorado. A ONU convida todos a participar da campanha, utilizando a hashtag #EndHumanTrafficking, e a contribuir para o Fundo Voluntário da ONU para Vítimas do Tráfico, que oferece assistência às vítimas. A luta contra essa realidade é uma responsabilidade coletiva que requer a colaboração de todos.
Origem: Nações Unidas