O executivo da Câmara do Porto decidiu na última segunda-feira, 29 de setembro, aprovar a aquisição de uma fração de três pisos da Casa de Almeida Garrett por um milhão de euros, com o objetivo de criar um núcleo museológico em homenagem ao célebre escritor. Esta decisão foi aprovada com o voto contrário do Bloco de Esquerda, que criticou a escolha do local e o custo envolvido na transação. O presidente Rui Moreira expressou satisfação por conseguir resolver a questão antes do final do seu mandato, ressaltando a importância da compra para a valorização da cultura e história da cidade.
Durante a reunião, Moreira afirmou que a negociação não foi simples, já que os valores da avaliação externa e as expectativas do proprietário não estavam alinhados. Ele garantiu que o valor acordado não representa um bom negócio para o vendedor, uma vez que o proprietário poderia ter conseguido um preço mais elevado. O imóvel, que pertence desde 2018 à Midfield – Imobiliária e Serviços, é considerado uma peça chave do patrimônio cultural do Porto, e o presidente manifestou otimismo sobre o futuro do núcleo museológico a ser implementado.
A vereadora Joana Rodrigues, da CDU, e a socialista Rosário Gambôa expressaram suas preocupações sobre a aquisição parcial do edifício, enfatizando a necessidade de proteger e valorizar a história associada à Casa de Almeida Garrett. O espaço é reconhecido como um marco da identidade portuense e portuguesa, sendo visto como um local ideal para homenagear não apenas a obra de Garrett, mas também o Liberalismo e o Romantismo que ele representou. A Câmara Municipal agora aguarda a conclusão da reabilitação do prédio, que será entregue ao município com as devidas infraestruturas e áreas comuns finalizadas.
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