A Comissão Europeia (CE) anunciou nesta quinta-feira (13 de novembro de 2025) que irá apresentar um plano abrangente para enfrentar a crise habitacional na Europa antes da cimeira de chefes de Estado e de Governo que ocorrerá em dezembro. O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, destacó durante um debate no Parlamento Europeu que a colaboração entre instituições europeias, nacionais e locais é crucial para abordar a falta de oferta de casas e o aumento dos preços da habitação. “O acesso à habitação é uma das principais preocupações dos jovens europeus ao decidirem formar família,” afirmou Sefcovic, enfatizando a necessidade urgente de uma resposta coordenada.
O comissário europeu da Energia e Habitação, Dan Jorgensen, também reiterou a necessidade de um plano que amplifique o apoio no setor habitacional, sugerindo o redirecionamento de mais fundos europeus para a construção de habitação acessível. Jorgensen defendeu que é essencial flexibilizar as restrições à despesa nacional em habitação e avançar com nova legislação para regular os alojamentos de curta duração, uma medida que considera tanto complexa quanto necessária. Esta abordagem visa atender ao crescente déficit habitacional observado em várias regiões da União Europeia.
Dados do Eurostat revelam que os preços das casas na UE aumentaram 58% na última década, com ocorrências alarmantes, como em Portugal e na Lituânia, onde os preços subiram 147%. Além disso, o relatório do Conselho colocou Lisboa, Madrid e Barcelona entre as cidades onde os cidadãos gastam uma maior porcentagem de seu salário em habitação. Em Lisboa, por exemplo, o custo do aluguel chega a 116% do salário médio. A meta da CE é que o novo plano entre em vigor em fevereiro de 2026, com a expectativa de que um investimento de cerca de 300 bilhões de euros por ano no setor da construção seja necessário para garantir preços acessíveis e combater o déficit habitacional.
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