A ministra das Mulheres do Brasil, Aparecida Gonçalves, destacou o compromisso do país em avançar nas políticas que priorizam o empoderamento feminino durante sua fala na 69ª Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, realizada na ONU, em Nova Iorque. Em seu discurso, a ministra enfatizou os esforços do governo para enfrentar as desigualdades que impactam a vida das mulheres brasileiras.
Gonçalves mencionou a recente aprovação da Lei da Igualdade Salarial, que visa reduzir a disparidade de rendimentos entre homens e mulheres, onde as mulheres ainda ganham, em média, 20% a menos que seus colegas masculinos. Ela também destacou a situação preocupante das mulheres negras, que recebem cerca de metade do salário dos homens brancos.
Outro ponto importante abordado pela ministra foi o investimento significativo de US$ 172 milhões em redes de proteção às mulheres e no aprimoramento dos serviços de atendimento especializado. O Pacto Nacional de Prevenção ao Feminicídio, que inclui 73 medidas e um orçamento de US$ 432 milhões, foi destacado como uma estratégia crucial para combater a violência de gênero no Brasil.
Gonçalves reforçou que a verdadeira igualdade só será alcançada com a erradicação da fome, justiça social, e um combate eficaz ao racismo e à misoginia. Ela mencionou que a maioria dos beneficiários dos programas sociais, como o Bolsa Família, são mulheres, indicando a importância das políticas de assistência social voltadas para este público.
Além disso, a ministra pontuou a necessidade de reconhecer o trabalho de cuidado como um direito que deve ser dividido entre o Estado, a sociedade e as famílias. Ela defendeu a ampliação de creches e escolas de tempo integral para apoiar as mulheres no desempenho de suas funções.
Por fim, Cida Gonçalves concluiu sua apresentação destacando a relevância da Declaração de Pequim, que completa 30 anos, como um marco nos esforços do Brasil para incluir e garantir os direitos de todas as mulheres, independentemente de sua origem ou identidade. Em 2025, o país realizará a Quinta Conferência Nacional de Política para as Mulheres, cujo tema será “Democracia e Igualdade”, com o intuito de assegurar que a voz das mulheres brasileiras seja integrada nas políticas públicas.
Origem: Nações Unidas