O mercado imobiliário europeu de retalho de luxo mostrou-se resiliente em 2024, com a abertura de 83 novas lojas nas principais ruas da Europa, apesar de uma ligeira queda em comparação ao ano anterior. Segundo o relatório European Luxury Retail 2025 da Cushman & Wakefield, a categoria de moda e acessórios respondeu por quase metade das novas inaugurações, seguidas por joalherias e relojoarias. Essa dinâmica ocorre em um contexto de disponibilidade limitadíssima, com taxas de ocupação abaixo de 5% em várias localidades, o que tem gerado uma pressão significativa sobre os preços de aluguel.
Em Lisboa, a Avenida da Liberdade destacou-se ao receber cinco novas marcas de luxo em 2024, incluindo a italianas Paul & Shark e Molteni, que inauguraram lojas de destaque na região. A avenida, reconhecida como um dos destinos mais cobiçados para marcas internacionais, enfrenta, no entanto, o desafio da escassez de imóveis disponíveis. Maria José Almeida, especialista da Cushman & Wakefield, enfatiza que a localização privilegiada no CBD de Lisboa, onde se concentram grandes empresas e hotéis de luxo, contribui para a atratividade enquanto as unidades disponíveis continuam em escassez.
A escassez de lojas de luxo e o desejo das marcas de se concentrar em locais específicos têm impulsionado um crescimento das rendas de 3,6% em 2024. Na Avenida da Liberdade, os preços de aluguel aumentaram mais de 9% desde o final de 2023, refletindo a crescente demanda por espaços de comércio de luxo. Estima-se que, entre 2025 e 2028, os aluguéis nas áreas de alto padrão continuem a subir, em média, de 1 a 3% ao ano, indicando um cenário promissor, mas desafiador para os retalhistas no setor de luxo.
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