Durante uma recente conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC), o presidente do Paraguai, Peña, reiterou o compromisso do país com a economia de livre comércio e a integração nas cadeias globais. Ele destacou que o Paraguai é uma das economias mais abertas do mundo, ocupando o segundo lugar na América Latina em termos de liberdade comercial. Com um sistema tributário simplificado e uma postura favorável aos negócios, o presidente enfatizou que, como um país sem litoral e um grande exportador agrícola, o Paraguai não tem outra alternativa senão abrir-se ao comércio internacional.
Peña afirmou que a experiência do Paraguai demonstra que o desenvolvimento exige não isolamento, mas sim a integração nos mercados globais, sempre orientada por regras claras e justas. Ele citou a importância do sistema de comércio multilateral para economias de médio porte como a do Paraguai, considerando-o essencial para o desenvolvimento e a prosperidade do país. O presidente apontou que crises no multilateralismo só podem ser resolvidas com um fortalecimento dessa abordagem.
Referindo-se ao passado, Peña mencionou a criação de instituições multilaterais após a Segunda Guerra Mundial como uma decisão visionária. Em sua palestra, ele ressaltou que organizações como a OMC têm a oportunidade de se mostrar cruciais em tempos difíceis. Ao se dirigir a embaixadores e representantes da OMC, o presidente enfatizou a necessidade de progressos significativos nas reformas agrícolas e no sistema de resolução de disputas, bem como a importância de estabelecer medidas ambientais que não prejudiquem o comércio internacional.
A Diretora-Geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, elogiou o Paraguai por suas altas taxas de crescimento do PIB em 2023 e 2024 e destacou os desafios que o país enfrenta como uma nação em desenvolvimento, especialmente a necessidade de diversificação das exportações. Ela também chamou a atenção para os riscos de fragmentação do comércio global e a importância de preservar os benefícios do multilateralismo para garantir um futuro melhor para as próximas gerações.
Origem: WTO news