Ao longo de 2024, o portal reclamador.es registrou mais de 35.000 reclamações relacionadas a incidentes em voos de 162 companhias aéreas. Entre essas, a Vueling se destacou como a companhia mais reclamada, acumulando 25% das queixas, seguida pela Ryanair com 20%. A Iberia ocupa a terceira posição com 15% das reclamações, evidenciando que essas três empresas dominam o tráfego aéreo na Espanha e, consequentemente, as incidentes associadas.
As queixas abrangem uma ampla gama de problemas, incluindo atrasos, cancelamentos de voos, perda ou danos de bagagem e overbooking. Embora o alto volume de voos possa aumentar as chances de incidentes, o reclamador.es alerta que os processos para resolver essas reclamações podem ser longos e burocráticos, desmotivando os passageiros em sua tentativa de fazer valer seus direitos.
No ranking de reclamações, após Vueling, Ryanair e Iberia, aparecem a Air Europa e a Wizzair na quarta e quinta posições, com 6% e 4% das queixas, respectivamente. Por sua vez, a Easyjet e a Lufthansa ocupam a sexta e sétima posição, acumulando 3,2% e 2,6% das reclamações. Entre as novidades deste ano, Qatar Airways, Turkish Airlines e American Airlines entraram no top 10, ocupando a oitava, nona e décima posição, com 2%, 1,4% e 1,3% de queixas.
Os principais motivos de reclamação deste ano foram os atrasos superiores a três horas e os cancelamentos. Nestes casos, os passageiros podem reivindicar indenizações que podem chegar a até 600 euros, desde que se aplique o Regulamento Europeu 261/2004. Além disso, a norma garante que os passageiros têm direito a assistência e compensação adicional se seus voos forem cancelados, desde que a causa não seja de força maior.
Ana Rodríguez, diretora de operações do reclamador.es, destacou a importância de conservar todos os documentos relevantes relacionados à viagem, como bilhetes, cartões de embarque e faturas de despesas, para respaldar as reclamações e facilitar um parecer favorável em caso de incidentes. A legaltech enfatiza que uma boa organização da documentação é crucial para que os passageiros possam fazer valer seus direitos e obter as compensações a que têm direito.