O primeiro secretário da Área Metropolitana de Lisboa (AML), Carlos Humberto, destacou a necessidade de estabelecer uma linha de apoio para a reabilitação de imóveis públicos, em resposta à crescente crise da habitação. Em entrevista à Lusa, o líder da AML anunciou a criação de um observatório dedicado à habitação, reforçando a importância de uma reunião com o primeiro-ministro, solicitada em 10 de setembro. Ele enfatizou que a reabilitação deve abranger tanto as propriedades do Estado Central quanto do Estado local.
Carlos Humberto sublinhou que o problema da habitação é estrutural e deve ser tratado primariamente pelo Governo. Apesar dos esforços dos municípios para intervir e responder ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ele apontou que os financiamentos oferecidos muitas vezes não cobrem os custos reais das obras, o que impede um progresso significativo. Além disso, as iniciativas do Governo têm se mostrado insuficientes, já que resultam em empréstimos que os municípios devem pagar, sem garantir a totalidade de verba necessária.
Os 18 municípios da AML, que enfrentam uma necessidade habitacional superior a 50 mil unidades, concordaram em criar um observatório que permita uma atualização contínua das informações sobre habitação na região. Embora cerca de 26 mil solicitações de habitação tenham sido submetidas, apenas metade foi aprovada, revelando a inadequação das medidas existentes. As expectativas são de que o observatório comece a fornecer dados significativos em um ano, enquanto as autoridades locais trabalham para entender e solucionar as complexas demandas habitacionais.
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