Um estudo recente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto revelou que a sensibilidade sensorial extrema é significativamente mais comum entre os pais de crianças com autismo. Essa descoberta, apresentada em uma pesquisa conduzida por Cláudia Azevedo e Olga Magalhães, tem importantes implicações para a forma como os cuidadores interagem com seus filhos, podendo agora contribuir para a promoção de interações mais positivas.
Os pesquisadores observaram que a dificuldadde de lidar com estímulos sensoriais, como sons altos, luzes brilhantes e texturas, não afeta apenas as crianças autistas, mas também seus pais. A equipe de pesquisa analisou um grupo diversificado de famílias e constatou que muitos pais relatam uma maior sensibilidade a estes estímulos, o que pode influenciar diretamente as dinâmicas familiares e a qualidade das interações.
As conclusões obtidas podem servir como base para a criação de programas de apoio que visem tanto os pais quanto as crianças, ajudando a melhorar a comunicação e o entendimento mútuo. Este estudo destaca a relevância da saúde mental dos cuidadores e sugere que melhorar o bem-estar dos pais pode contribuir para melhoras no desenvolvimento e comportamento das crianças autistas.
Os pesquisadores esperam que suas descobertas incentivem um diálogo mais amplo sobre a gestão da sensibilidade sensorial e o apoio necessário às famílias que lidam com o autismo, criando um ambiente de maior compreensão e aceitação.
Origem: Universidade do Porto