Uma agente imobiliária com dupla nacionalidade portuguesa e alemã foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) sob a acusação de liderar um esquema de burla imobiliária no Algarve. A operação revelou prejuízos superiores a sete milhões de euros, afetando cerca de 30 vítimas, principalmente estrangeiras. A suspeita aproveitava-se de relações pessoais para enganar clientes, vendendo imóveis que não existiam, utilizando contratos válidos, mas com informações falsificadas.
Segundo Joaquim Trindade, diretor da PJ de Portimão, a detida fazia uso de dados e documentação que os proprietários dos imóveis forneciam para supostos serviços de gestão e arrendamento, criando contratos de compra e venda sem o consentimento deles. Muitos lesados, incluindo cidadãos alemães, norte-americanos, franceses e polacos, adquiriram propriedades sem sequer visitá-las, confiando na agente devido à sua ligação pessoal e à partilha da nacionalidade.
A operação, chamada “Chave na Mão”, resultou na detenção de cinco mulheres, incluindo a agente e quatro solicitadoras que compunham uma rede organizada. A investigação, sob a coordenação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora, ainda está em andamento, com a PJ acreditando que o número de vítimas possa crescer, à medida que novas queixas surgirem e evidências forem analisadas. As suspeitas estão prestes a ser apresentadas a um juiz para interrogatório judicial.
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