Os resultados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, realizado em 2025, evidenciam uma crescente adesão ao uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) entre os jovens. De acordo com os dados, 38,7% da população entre 16 e 74 anos utilizou IA nos três meses anteriores à entrevista, com a maior parte dos usuários empregando essa tecnologia para fins pessoais. Destaca-se que no grupo etário dos 16 a 24 anos, a utilização de IA praticamente dobrou, atingindo 76,5%, enquanto entre os estudantes esse percentual chega a 81,5%.
Além disso, o inquérito revelou que 89,5% da população nessa faixa etária acessou a internet recentemente, principalmente para comunicação e busca de informações. A pesquisa também apontou que 49,6% dos entrevistados realizaram compras online, sendo a maioria de vestuário e acessórios de moda.
Os dados ainda revelam que 74,2% dos cidadãos entre 16 e 74 anos visitaram websites ou aplicações de organismos públicos nos 12 meses anteriores, com um foco na consulta de informações pessoais. Em 2024, a taxa de contato com entidades públicas em Portugal superava em 5,9 pontos percentuais a média da União Europeia (UE-27).
Por outro lado, o inquérito destaca um aumento preocupante na exposição a conteúdos agressivos, discriminatórios ou humilhantes na internet, passando de 35,5% em 2023 para 45,2% em 2025. Os principais motivos relatados pelos usuários incluem questões de nacionalidade, origem étnica ou racial, posicionamento político ou social, e identidade ou orientação sexual.
Quanto à autenticação em serviços online, 38,9% da população utilizou o Cartão de Cidadão ou Chave Móvel Digital nos 12 meses anteriores, um aumento de 8,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Por fim, 59,2% das pessoas nessa faixa etária possuem competências digitais básicas ou acima, especialmente os jovens de 16 a 24 anos (83,4%) e os que possuem ensino superior (88,4%). No acesso à internet em casa, 90,9% dos lares portugueses têm conectividade, com predominância do uso de tecnologias fixas.
Origem: Instituto Nacional de Estatística






