Nos últimos dias, a Ucrânia registou novos ataques aéreos russos que resultaram na morte de pelo menos 20 civis e deixaram 110 feridos, conforme informado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha. Um dos incidentes mais graves ocorreu na região de Zaporizhzhia, onde um ataque com bomba planadora atingiu uma estação rodoviária, uma unidade de saúde e mais de 20 prédios residenciais, causando diversas lesões entre os moradores.
As preocupações em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia aumentaram após a observação de fumaça no prédio administrativo, devido a um incêndio perto das torres de resfriamento. Funcionários da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) afirmaram que não houve aumento de radiação e que a segurança nuclear permanece intacta, sem registros de vítimas.
Além disso, um ataque com drone na região de Kherson, ocorrido no último sábado, resultou na morte de duas pessoas e feriu 16. Na cidade de Kharkiv, civis, incluindo três crianças, ficaram feridos quando uma pré-escola e várias casas foram atingidas. As autoridades também relataram incidentes com minas nas regiões de Odesa, Kharkiv e Sumy, que resultaram em três mortos e mais três feridos, destacando a crescente ameaça desses explosivos em todo o país.
Em meio a esses conflitos, uma cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, está agendada para esta sexta-feira no Alasca, onde a guerra na Ucrânia e a possibilidade de um acordo de paz estarão na pauta. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, expressou apoio ao diálogo constructivo entre os países e reiterou o apelo urgente por um cessar-fogo total e incondicional.
Com a escalada da insegurança, as autoridades da Ucrânia estão intensificando as evacuações obrigatórias, especialmente para famílias com crianças nas regiões de Donetsk e Dnipro. Nos últimos três dias, aproximadamente 4,6 mil pessoas, incluindo mais de 240 crianças, foram retiradas de áreas de combate. Trabalhadores humanitários nas regiões afetadas continuam a oferecer apoio médico, psicológico e abrigo, além de alimentos e cobertores para os necessitados.
Origem: Nações Unidas