Um relatório apresentado pela Comissão Independente Internacional de Inquérito sobre a Ucrânia ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra revelou evidências alarmantes sobre desaparecimentos forçados cometidos por autoridades russas. Os investigadores afirmam que tais ações podem configurar crimes contra a humanidade, uma vez que foram realizadas de maneira sistêmica e em grande escala desde a invasão da Rússia à Ucrânia.
As vítimas incluem não apenas civis, mas também jornalistas, autoridades e funcionários, assim como prisioneiros de guerra que desapareceram. O documento indica que as vítimas foram frequentemente transferidas para centros de detenção em áreas ocupadas pelos russos, onde muitos enfrentaram graves violações dos direitos humanos, incluindo tortura e violência sexual.
As famílias das vítimas estão vivendo uma angustiante incerteza, com muitos desaparecidos há meses ou até anos, sem informações sobre seus paradeiros. Quando questionadas, as autoridades russas forneceram respostas evasivas, o que, segundo a Comissão, demonstra uma intenção clara de negar proteção legal às vítimas.
Além do sofrimento emocional, relatos de tortura foram destacados, incluindo casos em que detidos foram ameaçados na presença de seus filhos, criando um clima de terror nas comunidades afetadas. O crescente número de abusos e mortes de soldados ucranianos capturados também levanta preocupações sobre crimes de guerra. O relatório conclui que as evidências coletadas apontam para uma política de Estado coordenada para a execução desses desaparecimentos forçados, exigindo uma resposta internacional contundente.
Origem: Nações Unidas