A partir do dia 22 de setembro, o hall de entrada do Edifício Histórico da Universidade do Porto (Reitoria) receberá uma nova exposição dedicada ao inovador Disco de Plácido, em homenagem ao seu criador, António Plácido da Costa. Este dispositivo, que revolucionou o diagnóstico oftalmológico, é um precursor dos modernos sistemas computadorizados de topografia da córnea, amplamente utilizados na prática médica atual.
Inventado em 1880, o disco, também conhecido como queratoscópio, utiliza a projeção de padrões de anéis concêntricos para medir a curvatura da córnea e diagnosticar astigmatismos irregulares. O visitante da exposição poderá interagir com a tecnologia por meio de um código QR que apresenta duas simulações: uma de um olho saudável e outra de um olho que sofreu traumatismo da córnea.
Além do disco, a mostra contará com um oftalmoscópio que pertencera a Plácido da Costa, instrumento essencial para a observação da retina. A figura de António Plácido, nascido em 1848 na Covilhã e que se tornou um nome de destaque na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, destaca-se não só pela invenção do disco, mas também pelos seus inúmeros contributos no campo da medicina e da educação.
Plácido da Costa foi pioneiro na introdução de novos métodos de ensino, criando cursos que marcaram a formação de novos médicos. Em sua carreira, também se destacou por sua colaboração em pesquisas sobre a peste bubónica e pela tradução de obras relevantes na área da medicina. A exposição não apenas ilumina o legado desse importante personagem, mas também integra seus instrumentos e objetos na sala Ricardo Jorge do Museu de História da Medicina da FMUP, ressaltando sua relevância na história da ciência em Portugal.
Origem: Universidade do Porto