Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) avança na corrida dos chips de última geração
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) superou uma barreira tecnológica significativa na fabricação de chips de última geração, alcançando uma taxa de rendimento superior a 90% em seu novo processo de 2 nanômetros (nm). Este resultado marca o começo da produção em massa para aplicações de memória e representa uma melhoria considerável em relação aos 70% previamente estimados, solidificando a posição da TSMC como líder em tecnologia de semicondutores.
A taxa de rendimento é crucial para a rentabilidade e viabilidade comercial de cada nó tecnológico. Ao superar os 90% em um nó tão avançado, TSMC antecipa uma transição tranquila para a produção em grande escala, que deve iniciar antes do fim de 2025 em várias de suas fábricas.
Capacidade máxima em Arizona
Enquanto isso, a fábrica da TSMC em Arizona, EUA, está se aproximando de sua capacidade máxima operacional, produzindo cerca de 15.000 wafers de 12 polegadas por mês, com planos de aumentar para 24.000. Este centro, que já serve clientes de prestígio como Apple, NVIDIA, Qualcomm, AMD e Broadcom, será responsável pela fabricação de chips voltados para inteligência artificial, que estão atualmente na fase de validação de processo.
Aumento de preços nos EUA
O aumento da demanda fez com que a TSMC considerasse um aumento de até 30% no preço dos chips fabricados nos EUA. O alto custo de produção e a plena utilização da capacidade fabril são as justificativas. Especialistas afirmam que a planta de Arizona está sob pressão para atender aos pedidos, impactando também os preços. Essa instalação é vista como essencial para a estratégia dos EUA de relocalização tecnológica e soberania em semicondutores, com importantes implicações geopolíticas na disputa comercial com a China.
Benefícios para a cadeia de fornecimento
O progresso no nó de 2 nm também beneficia fornecedores de ferramentas cruciais para a fabricação de chips. Empresas como Kinik Company e Phoenix Silicon International (PSI) notaram um aumento significativo na demanda por discos de diamante usados na planarização química-mecânica, uma etapa essencial para garantir superfícies de silício lisas. Kinik, dominante no mercado de discos para o nó de 3 nm, elevou sua produção a 50.000 discos mensais, prevendo um aumento na atividade no nó de 2 nm.
Competição com a Samsung
Enquanto isso, a Samsung Foundry, principal concorrente da TSMC, ainda está em fase de testes com seu nó SF2 baseado na tecnologia GAA de 2 nm, com rendimentos atuais abaixo de 40%, o que coloca a empresa sul-coreana em uma posição desvantajosa.
Futuro promissor: 1,4 nm no horizonte
TSMC já está olhando para o futuro, com planos para desenvolver um nó de 1,4 nm em sua planta em Baoshan, cuja comercialização não deve ocorrer antes de 2028. Com esses avanços, a TSMC não apenas se consolida na vanguarda tecnológica, mas também se posiciona como um ator principal na economia baseada em inteligência artificial, em um momento de crescente demanda por chips especializados em diversos setores.