Nova Restrição da Casa Branca Impede NVIDIA de Voltar ao Mercado Chinês com Chips de IA
A Casa Branca reafirmou suas restrições em relação à NVIDIA, bloqueando a empresa de retornar ao mercado chinês com seus chips de inteligência artificial mais avançados. Durante uma entrevista ao programa “60 Minutes”, o presidente Donald Trump destacou que os chips Blackwell “não serão entregues a outros países”, restringindo o acesso aos modelos de ponta da companhia apenas a empresas dos Estados Unidos. Trump também mencionou a possibilidade de versões limitadas para certos mercados, mas sem fornecer detalhes ou prazos.
Essa decisão endurece ainda mais o já rigoroso sistema de controle de exportação e mantém o bloqueio específico à China, mesmo após pressões da indústria para adotar uma abordagem mais flexível em relação à venda de aceleradores menos potentes. A declaração foi feita logo após a NVIDIA anunciar o envio de mais de 260.000 chips Blackwell para a Coreia do Sul, um movimento que ressalta a estratégia de priorizar aliados na construção de infraestruturas de IA.
A restrição ao Blackwell para a China estabelece uma clara linha vermelha no âmbito da tecnologia avançada. Enquanto o mercado chinês permanece bloqueado, Seul se firma como um “hub regional de IA”, recebendo grandes quantidades de chips para apoiar o governo e conglomerados como Samsung e Hyundai.
Os impactos para a NVIDIA são significativos, com o CEO Jensen Huang admitindo que a China atualmente representa “zero” em chips de última geração. Com o fechamento prolongado, a empresa está abrindo mão de uma demanda potencial de dezenas de bilhões de dólares, deslocando o crescimento para os EUA e aliados na Europa e Ásia.
A pressão sobre a indústria chinesa para desenvolver alternativas locais deve aumentar, à medida que o governo de Pequim acelera a produção de silício nacional e otimizações de software. A tensão regulatória também persiste, já que qualquer novo chip destinado à China pode ser intensamente revisado se considerado muito capaz.
Apesar das restrições, Trump não excluiu a possibilidade de vendas de versões menos avançadas para a China, embora a experiência indique que ajustes técnicos costumam levar a uma nova fase de escrutínio. Para os clientes chineses, o risco de fornecimento continua elevado, mesmo que a NVIDIA explore essa possibilidade.
A natureza da decisão da Casa Branca visa fortalecer os ecossistemas aliados e conter competidores estratégicos, reforçando a Coerência das políticas comerciais dos EUA. Neste cenário, as “macro-ordens” da Coreia do Sul surgem como um importante alívio para a NVIDIA em um momento em que a China se vê excluída do acesso a tecnologia crítica.
As próximas etapas a serem monitoradas incluem detalhes sobre regulamentações mais estritas, cronogramas de variantes propostas pela NVIDIA, evolução de novos contratos em mercados aliados, e o desempenho de concorrentes locais na China.
Fontes: Reuters e Wccftech.
			
                                



							

