No quarto trimestre de 2024, a situação do desemprego continuou a ser um tema relevante, com dados que refletem um panorama misto na transição de trabalho. Do total de 334,1 mil pessoas desempregadas no terceiro trimestre, 54% permaneceram sem trabalho, enquanto 28,5% conseguiram um novo emprego e 17,5% abandonaram o mercado de trabalho, transitaram para a inatividade.
A diferença no comportamento entre os gêneros também chamou a atenção: 23% dos homens e 33,6% das mulheres desempregadas conseguiram se inserir novamente no mercado de trabalho. No que diz respeito aos desempregados de curta duração, 35,3% conseguiram uma nova colocação, mostrando que esse grupo, muitas vezes mais vulnerável, apresentou um certo nível de recuperação.
Por outro lado, a transição de trabalhos por conta própria para empregos formais também foi significativa, com 10,2% dos trabalhadores autônomos encontrando uma posição em empresas de outras, enquanto 26,3% dos desempregados conseguiram emprego. Além disso, 20,5% dos trabalhadores com contratos temporários conseguiram transformar seus vínculos em contratos permanentes.
O movimento de pessoas que mudaram de empregos foi registrado em 3,4%, refletindo uma nova dinâmica no mercado de trabalho, enquanto 3,1% dos trabalhadores mantiveram dois ou mais empregos.
No cenário de jovens entre 16 e 34 anos que estavam fora do mercado, 25,3% transitaram para empregos, enquanto 16,4% foram para a educação ou formação. Esses números indicam uma certa recuperação, mas também destacam os desafios persistentes enfrentados pela força de trabalho jovem.
Em comparação com 2023, o quadro não foi muito diferente. Aproximadamente 35,2% dos desempregados de 2023 ainda não haviam conseguido se reinserir no mercado no ano seguinte. Contudo, 41,9% dos que estavam sem emprego em 2023 conseguiram um emprego em 2024, evidenciando alguns progressos.
A taxa de transição dos desempregados para o emprego foi ligeiramente superior entre os homens (42,9%) em relação às mulheres (41,0%). Também foi notável a taxa de jovens que, em um contexto similar, conseguiram emprego ou ingressaram em opções de formação.
Esses dados sugerem que, embora haja movimentação no mercado de trabalho, os desafios para a plena empregabilidade e a inclusão da força de trabalho permanecem, requerendo atenção de políticas públicas e iniciativas de capacitação para fomentar a inserção dos mais jovens e vulneráveis.
Origem: Instituto Nacional de Estatística