Pelo menos cinco jornalistas foram mortos em um ataque ao Hospital Nasser, em Gaza, nesta segunda-feira. A ofensiva na localidade de Khan Younis resultou em mais de 20 mortes, de acordo com agências de notícias. Entre os jornalistas mortos, dois trabalhavam para a rede Al Jazeera e um para a agência Reuters. Os outros dois profissionais ainda não foram identificados como associados a veículos de imprensa.
Philippe Lazzarini, comissário geral da Agência da ONU para Assistência aos Palestinos (Unrwa), manifestou sua indignação em uma rede social, afirmando que essa situação não pode se tornar a norma. Ele ressaltou que “a compaixão deve prevalecer” frente a tais horrores. Lazzarini também relatou que os ataques visam “calar as últimas vozes que relatam sobre crianças morrendo silenciosamente e a fome”, apontando para uma indiferença global que considera “chocante”.
Esse ataque ao Hospital Nasser é o último em uma sequência de ofensivas a hospitais no sul da Faixa de Gaza. Há duas semanas, um ataque ao Hospital Al Shifa resultou na morte de pelo menos seis jornalistas. As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que uma investigação foi iniciada sobre o ataque e enfatizaram que as operações “não têm jornalistas como alvos”.
Com este recente ataque, o total de jornalistas mortos em Gaza desde 7 de outubro de 2023 sobe para quase 200. Esse conflito, que se intensificou após um ataque do Hamas a Israel, já resultou na morte de cerca de 1,2 mil pessoas e na captura de centenas como reféns. O Comitê para Proteger Jornalistas declarou que a guerra em Gaza está se tornando o conflito mais letal para jornalistas na história documentada.
Origem: Nações Unidas