Cerca de 330 milhões de pessoas em mais de 150 países enfrentam a ameaça de tempestades de areia e poeira, fenômenos que provocam destruição em larga escala. No dia 12 de julho, que marca o Dia Internacional de Combate às Tempestades de Areia e Poeira, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta sobre a crescente gravidade dessas situações, incentivando a cooperação global para prever e mitigar seus impactos.
Todos os anos, 2 bilhões de toneladas de areia e poeira são lançadas na atmosfera, uma quantidade equivalente a 307 Grandes Pirâmides de Gizé. O Chade figura como a região com a maior concentração média de poeira, enquanto sua presença também é forte em partes da Austrália e na costa oeste da África do Sul. As áreas mais vulneráveis são identificadas em regiões como o norte do Oceano Atlântico tropical, a América do Sul e o centro-leste da China.
Recentemente, o transporte de poeira do Saara impactou o Caribe, enquanto tempestades severas afetaram as Ilhas Canárias, o norte da China e a península árabe, causando problemas significativos em países como Iraque, Kuwait e Catar.
Os fatores humanos, como mudanças climáticas e práticas de gestão insustentável da terra, são amplamente reconhecidos como contribuintes para o aumento da frequência e intensidade dessas tempestades. Elas, por sua vez, exacerbam a desertificação, a degradação do solo e a poluição do ar. Em evento da ONU, especialistas discutiram as implicações ambientais e sociais desse fenômeno, enfatizando a degradação de terras agrícolas e os riscos à segurança alimentar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a poluição do ar, em parte provocada por essas tempestades, resulta em cerca de 7 milhões de mortes prematuras anualmente, destacando a urgência de ações coordenadas para enfrentar essa crescente ameaça à saúde pública e à segurança alimentar global.
Origem: Nações Unidas