Durante o Mobile World Congress (MWC), a Telefónica revelou sua inovadora demonstração chamada Quantum-Safe Networks, uma solução projetada para proteger as comunicações e dados críticos na era da computação quântica. Este projeto não só antecipa ameaças futuras, mas também fortalece a segurança atual, adicionando uma camada extra de proteção diante da iminente chegada de computadores quânticos.
A computação quântica promete revolucionar setores como medicina e pesquisa científica, mas também representa um risco significativo para a criptografia tradicional. Criminosos cibernéticos têm adotado a estratégia conhecida como Store Now, Decrypt Later (SNDL), capturando dados confidenciais com a intenção de decifrá-los quando a tecnologia quântica estiver disponível. Em resposta, a Telefónica está capacitando indústrias com ferramentas de segurança que visam garantir um futuro protegido e interconectado.
Casos de Uso Inovadores
Um dos principais casos de uso apresentados é a aplicação de criptografia pós-quântica em redes privadas 5G, exemplificado por um cenário em que um submarino de vigilância é operado em tempo real. No MWC, os participantes tiveram a oportunidade de controlar um veículo submarino remoto (ROV) utilizando óculos de realidade virtual e controles conectados à plataforma XRF. Essa demonstração ilustra como a combinação de conectividade 5G e criptografia pós-quântica pode garantir segurança e baixa latência no fluxo de dados, especialmente em ambientes submarinos desafiadores.
O segundo uso demonstrado se concentra na aplicação de criptografia pós-quântica em redes de serviços públicos, como as que utilizam contadores inteligentes de água e eletricidade. Em colaboração com a IDEMIA Secure Transaction, a Telefónica criou uma arquitetura eSIM que assegura a proteção das comunicações móveis necessárias para a provisão remota de cartões e a transmissão de medições. Com a funcionalidade Crypto Agility, os operadores podem atualizar algoritmos de segurança remotamente, impedindo sequestros e alterações de perfis eSIM, e garantindo a segurança de equipamentos críticos.
Por fim, o terceiro uso que chamou a atenção é a implementação de criptografia pós-quântica em dispositivos de Internet das Coisas (IoT) em ambientes críticos. Dispositivos como o capacete conectado Halo I e o brinco Halo III foram apresentados, com a Telefónica garantindo que a comunicação seja confiável mesmo em áreas remotas através de redes de baixo consumo energético. Todas as informações críticas transmitidas por esses dispositivos são protegidas contra ataques baseados na computação quântica.
Com essas inovações, a Telefónica reafirma seu compromisso com a segurança digital e a inovação, preparando-se para os desafios da computação quântica e pavimentando o caminho para um futuro mais seguro no mundo interconectado.