As empresas portuguesas estão a experimentar um alívio nas taxas de juro à medida que as taxas Euribor continuam a recuar, segundo os últimos dados do Banco de Portugal (BdP). Entretanto, a recuperação não é uniforme entre os diversos setores económicos. O setor da construção e imobiliário ainda enfrenta taxas de juro mais elevadas em comparação com áreas como a indústria e o comércio, o que levanta preocupações sobre a competitividade e o acesso a financiamento.
As estatísticas mais recentes revelam que as taxas de juro para os empréstimos a empresas caíram para cerca de 4% no primeiro trimestre de 2025. Apesar da descida, a taxa acordada anualizada (TAA) para a construção e atividades imobiliárias ficou em 4,25%, refletindo uma redução em relação ao trimestre anterior, mas ainda superior a outros setores. Enquanto a indústria registou uma taxa de 3,98%, e o comércio 4,18%, o setor da construção continua a enfrentar desafios financeiros.
Além disso, a construção e o imobiliário não estão entre os setores que mais solicitam crédito, com um total de 15,8 mil milhões de euros em empréstimos pedidos até o início desse ano. Em contraste, o comércio solicitou 24,2 mil milhões, e as indústrias, 17,5 mil milhões de euros. Com menos devedores no setor — 42,6 mil — do que o comércio e outras atividades, mas mais do que a indústria, a situação reflete um mercado em busca de estabilidade, com a necessidade urgente de ajustes que permitam um crescimento mais equitativo entre os diversos setores da economia.
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