Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam uma queda significativa nas taxas de juro dos créditos à habitação em Portugal. Em maio, a taxa de juro implícita para todos os contratos baixou para 3,570%, o nível mais baixo em dois anos, refletindo a continuidade da descida da Euribor e a adoção de taxas mistas mais vantajosas para os consumidores. Esta diminuição representa uma redução de 9,3 pontos base em relação ao mês anterior e uma queda acumulada de 108,7 pontos base desde o pico observado em janeiro de 2024.
No entanto, apesar da redução das taxas, a prestação média mensal para os contratos de crédito à habitação não seguiu a mesma tendência, fixando-se em 395 euros em maio. Embora tenha havido uma ligeira diminuição, a maior parte deste valor continua a ser destinada ao pagamento de juros, com 210 euros, o que representa 53% da prestação. O aumento da dívida total também contribui para a estabilidade nas prestações, com o capital médio em dívida a subir para 71.042 euros.
Além disso, ao analisar os novos contratos de crédito à habitação, os dados mostram uma leve descida das taxas, mas com um aumento significativo no valor da prestação para novos empréstimos, que subiu 20 euros para 641 euros. Este aumento está associado ao crescimento do montante médio em dívida, que alcançou 153.717 euros em maio. Assim, enquanto as taxas de juro seguem em queda, as pressões sobre as prestações mensais permanecem, o que pode impactar a acessibilidade da habitação para muitos portugueses.
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