O acesso à habitação em Portugal tem se tornado cada vez mais difícil, com os preços das casas a subirem consideravelmente mais do que os salários das famílias. Embora tenha ocorrido uma desaceleração no aumento das rendas, que passaram a registrar uma alta de apenas 3,5% no segundo trimestre de 2025, o esforço financeiro necessário para arrendar uma casa alcançou 83%. Isso representa um aumento de um ponto percentual em relação ao ano anterior, refletindo a pressão contínua sobre os orçamentos familiares. Por outro lado, a taxa de esforço para a compra de habitação permaneceu estável em 71%, evidenciando uma provável compensação entre a alta dos preços e a redução das taxas de juros.
Mudanças significativas foram observadas nas taxas de esforço para arrendamento nas várias cidades, com Faro registrando o maior aumento, saltando de 70% para 90% em apenas um ano. Outras cidades como Ponta Delgada e Guarda também apresentaram aumentos consideráveis. Em contraste, algumas localidades como Lisboa e Porto reportaram uma diminuição nas taxas de esforço, indicando que o mercado imobiliário apresenta dinâmicas diferentes em várias regiões do país. Apesar de algumas cidades aliviarem a pressão, todas as principais áreas analisadas ainda excedem a recomendação de 33% do rendimento familiar alocado para arrendamento.
No que diz respeito à compra de imóveis, a taxa de esforço teve um aumento em seis das 20 cidades analisadas, com Setúbal tendo a maior elevação. No entanto, em 12 cidades, o esforço financeiro para aquisição de uma casa diminuiu, o que pode ser um alívio temporário para muitas famílias. Embora Lisboa e Faro se mantenham no topo do índice de esforço, algumas cidades como Vila Real e Beja se destacam por terem taxas inferiores à recomendação de 33%, oferecendo uma alternativa mais viável para quem deseja comprar uma casa em Portugal.
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