A Cell4Food, uma empresa spin-off da Universidade do Porto, tem se destacado como líder no projeto CellBlue, que recentemente recebeu um apoio significativo de 1,5 milhões de euros. Este financiamento é proveniente do SIID – Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento, integrando os programas Portugal 2030, COMPETE 2030 e Programas Regionais de diversas regiões do país, incluindo Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve.
A missão da Cell4Food é criar marisco inovador e sustentável a partir de células, de forma a reduzir a pressão sobre os ecossistemas marinhos. Com a ajuda deste novo financiamento, a empresa planeja avançar na produção de células de polvo, visando desenvolver produtos híbridos que preservem as características sensoriais e nutricionais do polvo tradicional.
Diante dos crescentes desafios globais, como a sobre-exploração dos recursos marinhos e a degradação ambiental, a empresa se compromete em encontrar alternativas proteicas que sejam éticas e sustentáveis, contribuindo para um futuro alimentar mais responsável. O projeto CellBlue reúne também aliances estratégicas com organizações como o Colab4Food, CATAA, Universidade Católica Portuguesa, Instituto Superior de Agronomia e Sense Test, sendo que a Agência Nacional de Inovação (ANI) é responsável pela gestão e avaliação do financiamento.
A Cell4Food, estabelecida em 2022 e reconhecida com a chancela U.Porto Spin-off em 2025, está intensamente envolvida no desenvolvimento de soluções para desafios de sustentabilidade e segurança alimentar. Com laboratórios localizados em centros tecnológicos em várias regiões de Portugal, a empresa está focada nas fases iniciais do projeto, que incluem análises de mercado e estudos de benchmark. Além disso, estão em processo de definição das matérias-primas e metodologias de produção, bem como das estratégias de comunicação do projeto.
O futuro do CellBlue é promissor, com planos para avaliar a segurança alimentar e a viabilidade técnico-económica de novos produtos, que visam estabelecer uma nova categoria alimentar que transcenda as proteínas complementares convencionais.
Origem: Universidade do Porto






