O Haiti enfrenta uma grave crise humanitária, com crianças sendo as mais afetadas. O alerta foi feito por Roberto Benes, diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), durante coletiva em Nova Iorque. Segundo ele, cerca de 3,3 milhões de crianças, o equivalente a três em cada quatro crianças haitianas, necessitam urgentemente de assistência humanitária.
Benes destacou que o recrutamento forçado de crianças por grupos armados aumentou em 70% no último ano. Além disso, mais de 1,2 milhão de crianças menores de cinco anos vivem em áreas com insegurança alimentar. O diretor assinalou que esses números representam vidas interrompidas e futuros comprometidos.
Em um relatório lançado recentemente, o Unicef classificou a situação no Haiti como “uma das crises mais urgentes e negligenciadas do mundo”. O documento pede a restauração do acesso humanitário e a ampliação do financiamento para abrigo, saúde, educação e saneamento.
A crise no país é resultado de décadas de instabilidade, exacerbada pelo assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, que provocou uma onda de violência e uma ruptura na ordem pública. A população enfrenta dificuldades severas, com milhares de famílias isoladas e sem acesso a alimentos e serviços básicos, levando a um aumento alarmante da malnutrição infantil.
O sistema educativo também está em colapso, com muitas escolas fechadas ou ocupadas por grupos armados. A insegurança coloca as crianças em risco, que não sabem se poderão ir à escola ou sobreviver a um dia sem serem atingidas pela violência. A situação no Haiti requer atenção imediata e ações efetivas para proteger as vidas e o futuro dessas crianças.
Origem: Nações Unidas
			
                                



							

